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Nova estratégia para biocombustíveis avançados: deixar de lado a tecnologia avançada.

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Mensagem  HenriqueR Sex Jun 29, 2012 12:29 am

A Sundrop Fuels, uma startup com sede em Longmont, Colorado, diz que encontrou uma maneira de entrar no negócio dos biocombustíveis avançados, notoriamente difícil: ela está deixando de lado, por enquanto, a tecnologia avançada de que dispõe e, em seu lugar, construindo uma usina para transformar lascas de madeira em gasolina. A usina se beneficiará amplamente de tecnologias prontas para uso, facilitando a obtenção de empréstimos.
A Sundrop Fuels, uma startup com sede em Longmont, Colorado, diz que encontrou uma maneira de entrar no negócio dos biocombustíveis avançados, notoriamente difícil: ela está deixando de lado, por enquanto, a tecnologia avançada de que dispõe e, em seu lugar, construindo uma usina para transformar lascas de madeira em gasolina. A usina se beneficiará amplamente de tecnologias prontas para uso, facilitando a obtenção de empréstimos. Ela também planeja reduzir os custos utilizando gás natural barato para gerar as altas temperaturas necessárias na usina, ao invés de usar a luz solar concentrada, como havia planejado originalmente.

A Sundrop planeja iniciar a construção da usina – que terá capacidade de 50 milhões de litros – no final deste ano, perto de Alexandria, Louisiana. Ela anunciou recentemente uma parceria com a Uhde Corporation of America, parceira da empresa de engenharia alemã ThyssenKrupp Uhde, para desenvolver os planos detalhados de engenharia para a usina. A Uhde também irá fornecer um gaseificador que transforma a biomassa em monóxido de carbono e hidrogênio, que podem ser convertidos, por meio de catalisadores, em vários combustíveis.

A Sundrop havia planejado usar sua própria tecnologia de gaseificação, a qual opera em altas temperaturas – a mais de 1.200 °C, ou centenas de graus acima de alguns outros gaseificadores. O calor seria gerado pela concentração de luz solar, e não pela queima da biomassa, que é o método adotado por outras empresas. Utilizar o calor do sol iria aumentar a quantidade de biomassa que se transforma em combustível, reduzindo o custo de transporte do material volumoso. Operar a temperaturas elevadas pode evitar a produção de alcatrões que podem obstruir o equipamento e interferir em etapas posteriores do processo.

A Sundrop continuará a utilizar a gaseificação a altas temperaturas para evitar a produção de alcatrões, mas usará um projeto da ThyssenKrupp que requer a introdução de oxigênio. A tecnologia da ThyssenKrupp é mais cara que a tecnologia de gaseificação da Sundrop, diz Wayne Simmons, diretor executivo da Sundrop, mas foi comprovada comercialmente, o que facilita, para a Sundrop, a obtenção de empréstimos para construir uma usina. A Sundrop planeja comprovar a sua própria tecnologia através da instalação de um de seus gaseificadores na nova fábrica, onde ele será utilizado para gerar cerca de 10 por cento da produção da usina. A Sundrop planeja usar sua tecnologia de gaseificação em uma escala maior em futuras usinas alimentadas por gás natural.
A decisão de usar gás natural ao invés da energia solar reduz custos: em parte devido às recentes baixas nos preços do gás natural, é muito mais barato queimar esse combustível do que construir um campo de espelhos para concentrar a luz solar. O gás natural, além do aquecimento do gaseificador, também fornecerá uma fonte adicional de hidrogênio. A proporção de hidrogênio e carbono na biomassa não é a mesma que a presente na gasolina – o hidrogênio do gás natural compensa a diferença, aumentando o rendimento do combustível a partir da biomassa. A outra opção seria uma reação que usa monóxido de carbono para produzir hidrogênio a partir da água, mas isso reduziria os rendimentos e forçaria a Sundrop a transportar mais biomassa.

Mudar para o gás natural trouxe um outro benefício. Assim como na decisão de usar a tecnologia de gaseificação convencional, essa opção ajudou a Sundrop a financiar sua primeira fábrica. Ela arrecadou 155 milhões de dólares em financiamentos junto à produtora de gás natural Chesapeake Energy, que estava interessada em financiar tecnologias capazes de aumentar a demanda desse recurso energético.

A utilização de gás natural também significa que as emissões de dióxido de carbono aumentaram, no entanto. Quando a Sundrop utilizava energia solar, sua gasolina resultava em 90 por cento menos emissões de dióxido de carbono que a gasolina convencional. Mas a empresa diz que as emissões continuarão a ser 60 por cento menores em relação às resultantes do uso de gasolina convencional.

O custo mais elevado do gaseificador convencional também vai dificultar a execução do processo de forma rentável – mesmo com as vantagens trazidas pelo gás natural barato. "Ele mal funciona", diz Simmons. "Não seria possível construir muitas usinas como essa porque o retorno de capital não seria bom. O lucro seria modesto, mas nada comparado ao potencial da nossa tecnologia (de gaseificação) em larga escala. Essa é mais uma estratégia para entrar no negócio."
HenriqueR
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